Se você, como eu, ainda sonha com aquela TV de LCD com 42" e imagem em HD pendurada na sala, saiba que o futuro é em 3D.
Depois do sucesso mundial de Avatar, a indústria cinematográfica e as de mídia estão apostando suas fichas na reciclagem de uma tecnologia que tinha ficado parada no tempo: os filmes em terceira dimensão.
Provas disso foram a sinalização pelos produtores que Homem-Aranha 4 será em 3D; a Pixar pretende relançar nos cinemas, Toy Story 1 e 2, respectivamente nos dias 19 e 25 deste mes. A ESPN vai lançar nos Estados Unidos, em junho, um canal de televisão 3D. Em seu primeiro ano, a rede de esportes promete exibir, ao vivo, 85 programas tridimensionais.
Para uso doméstico, já se pode adquirir no Brasil um monitor lançado pela Hyundai que converte filmes, fotos e jogos 2D para o formato 3D e a Sony anunciou o lançamento do primeiro tocador blue-ray neste formato prometendo também uma atualização de alguns modelos atuais para possibilitar que também façam a leitura em 3D.
Imagino que todo este avanço súbito de tecnologia deve-se à pirataria. A indústria do entretenimento manteve-se na zona de conforto durante décadas empurrando ao consumidor aquilo que lhe convia e como deveria ser consumido: um filme passava no cinema, um ano depois saía em vídeo, um ano depois ia para a TV aberta, etc. Hoje, os seriados podem ser baixados no mesmo instante que são exibidos nos EUA. A maioria dos filmes recém-lançados no cinema são encontrados na barraca dos camelôs. Era preciso que a indústria desse uma sacudida para poder atrair o consumidor que já não tão exigente na qualidade, mas no preço.
Acerca disso, é interessante que o preço desta tecnologia caiba no bolso do consumidor, a curto prazo. Senão os bucaneiros, descendentes de Barba-Negra, voltarão a atacar.
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