segunda-feira, 26 de julho de 2010

O MUNDO SEGUNDO TARANTINO


Claro que você já assistiu Pulp Fiction.

Foi o filme que me fez fã de Tarantino. Acho que foi pela violência ou pela trilha sonora. Ou ambos. Ou porque pensei que se fosse cineasta, aquele seria o tipo de filme que eu queria fazer. Acho que era porque ironicamente eu era dono de uma pequena locadora e rolava na mídia que Tarantino havia sido balconista de locadora em Los Angeles. Aliás esta história de cineasta puxa outra, pois quando eu assiti De Volta para o Futuro eu saí do cinema com a idéia na cabeça de que eu conseguiria realizar um filme daqueles. Depois me dei conta que a distância que separava Fortaleza de Hollywood era muito maior daquela do mapa. O mundo perdia ali um grande cineasta. Azar pro mundo.

Tarantino faz parte de uma tríade de cineastas, junto com Sam Raimi e Robert Rodriguez, que mudaram a face da violência no cinema. Tornaram a violência, antes tão caracterizada por tipos como Charles Bronson e Chuck Norris, em algo místico com direito a trilha sonora e outras referências pop.

Tarantino chamou seu ídolo, Jonh Travolta, para fazer Pulp Fiction. Ele é tão fã de carteirinha de Travolta que até hoje mantém em seu apartamento um santuário dedicado ao ator, que naquela época vinha com a carreira rolando ladeira abaixo, sendo lembrado mais pelo longínquo sucesso de Os Embalos de Sábado a Noite. Porém a química despejada por Tarantino no filme deu um upgrade tão forte na carreira de Travolta que ele engatou a primeira dos sucessos novamente. O cara tinha mais que fazer um santuário em homenagem a Tarantino.

O cara respira cultura pop e mescla referências autobiográficas e outras realidades nos seus filmes e vice-versa a ponto de você perder o limiar das referências. Assunto pra vários drinks numa tarde quente em Las Vegas.

Só pra citar este apego sobre a cultura pop, em Cães de Aluguel, Tarantino interpreta Mr. Brown que trava um discurso com Mr. Pink a respeito da letra de "Like a Virgin" de Madonna. Mr. Pink defende a idéia que a letra é "uma metáfora a pau grande" enquanto Mr. Pink argumenta que se trata de uma canção sobre o amor. Mais tarde, depois que assistiu o filme a própria Madonna solucionou o enigma autografando o álbum Erotica para Quentin com os dizeres: "Querido Quentin, é sobre o amor, não é sobre pau. Madonna."

Em seu novo filme – À Prova de Morte - Tarantino insere propositalmente várias referências de outros filmes seus como Kill Bill e Planeta Terror; e também de filmes antigos com imagens "arranhadas" e montagens "mal feitas", mudança de foco, alteração da imagem para preto e branco e depois colorido e tudo isso de forma proposital para personificar sua imagem de diretor. Em alta velocidade à bordo dos V-8 do filme.

Outro ponto forte é a escolha da TSO dos seus filmes. O melhor é ouvir uma a uma separadamente. Mas pra quem quer dar um apanhado geral existe uma coletânea em CD duplo chamada The Tarantino Experience que é um ponto de partida pra quem viu apenas Pulp Fiction. 

O quê? Você ainda não viu Pulp Fiction?

4 comentários:

rayssa gon disse...

ultimo que assisti dele, bastardos ingloriou,ele meio que pesou a mão nas referência a si proprio. e isso me fez bocejar um pouco.

mas, sim, ele é foda foda foda etc.

Anônimo disse...

Ah que vergonha senti :P
Pulp Fiction... nunca nem ouvi falar
rsrsrsrs

Me apego só as comédias e os desenhos animados
huahaauhauaua

Bjkas

Jorge Jansen disse...

Não tema May, pois mesmo como fã também não vi todos, tipo Bastardos Inglórios que a Rayssa citou. Mas não deixe de ver...Se vc é cinéfila, este filme faz parte daquelas listas de imperdíveis.

willian b. costa disse...

tarantino e um ,mestre sempre quis faser cinema
mas mas quando vi Pulp Fiction no sbt pode parecer
estranho mas aquele simbolo vermelho que aparecia no lobotipo do sbt quando fasava um tipo de filme
amarelo verde ou vermelho. mas claro os do tarantino sempre são vermelhos ele e pop seus dialogos são incriveis tenho todos os seus filmes menos o primeiro