O título acima é de um dos meu contos favoritos de autoria de Murilo Rubião, publicado originalmente em 1974.
A história desenrola-se na ótica de um mágico que mesmo encantando sua platéia, vivia constantemente entediado até que resolve dar fim à própria vida. Ironicamente, na condição de mágico, não consegue. Um dia escuta um homem triste dizer que ser funcionário público era suicidar-se aos poucos. Aquilo lhe deu um novo alento aos seus planos e resolve então entrar para uma Secretária de Estado pois qualquer forma de suicídio seria-lhe conveniente. Ou lenta ou rápida.
É uma metáfora sobre a condição humana em relação à felicidade. Quantas vezes nos sentimos entediados com nossa rotina e queremos dar uma guinada em nossa vida? Às vezes acertamos, outras não. E nestes fracassos repetimos o clichê de que éramos felizes e não sabíamos.
Segue um pequeno trecho para apreciação:
"Numa dessas vezes, irritado, disposto a nunca mais fazer mágicas, mutilei as mãos. Não adiantou. Ao primeiro movimento que fiz, elas reapareceram novas e perfeitas nas pontas dos tocos de braço. Acontecimento de desesesperar qualquer pessoa, principamente um mágico enfastiado do ofício".
Quer ler na íntegra? Clique aqui para acessá-lo no meu disco virtual.
Um comentário:
O ser humano nunca se satisfaz com o que tem...
O próprio dele...
Beijos pra ti ^^
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