Que é feito agora de nossa agonia
sofrida entre murmúrios
se não me comove mais
a fúria do abandono? Resistir
para quê? Se em mim já não
cabem tantos - apenas um.
Se te submetes a fingidos cíumes
deixa-te levar
por amarguras de pretéritos queixumes
- Eu não que me guardo! Onde
senão na solidão obscura do quarto
quando não te vejo nem te escuto
onde, a imaginar-me tomado pela
sombra do teu vulto, refugiu-me absoluto
É quando me cego do amor necessário
do vício precário do amor e sofro,
incontido que sou, do mal em mim
de tua ausência amputada em mim
Como se nossos exércitos soubesse
manusear - frágeis que são -
todas as armas frias da solidão.
5 comentários:
Poxa! É bom ver poesia aqui também!
Tão intenso e tão angustiante esse amor...
Mas o autor? É você?
Adorei!
Bjs
Bom domingo
Vira e mexe aparece um devaneio poético. Como se puxasse o poeta pelos cabelos do fundo do poço da inércia. Acho que tenho escrito muito sobre catástrofes e tragédias ultimamente. Resolvi mudar o rumo.
Apesar de não ser boa nisso, eu ainda gosto de ler poesias, pela sutileza que possuem, por dizerem tanto em tão poucas palavras. Adoreiiiiiiiii!!! A palavra é essa: "agonia"
esse talvez vindo do sonho do homem-sapo? catando sentidos como quem cata os vaga-lumes, simplesmente.
Um menestrel da vida,em poética forma,tu és,trovador do amor ,tua sabes,luz irradias ,tu sentes!
viva la vida escriba
Postar um comentário