Enquanto assistia Liverpool X Arsenal me lembrei da violência gratuita do último final de semana no Paraná, durante o jogo do Coritiba. Lembrei-me, porque nos estádios ingleses não existe alambrados separando o torcedor do campo de futebol e a ainda assim torcida não invade o gramado. Mas não é porque os ingleses são educados. Há pouco mais de uma década invadia-se o campo e os hooligans distribuiam porrada dentro e fora do estádio. E morria gente no meio da pancadaria. O futebol inglês foi para o fundo do poço.
O que foi feito para acabar com aquela selvageria foi instituir e cumprir uma legislação de punição e banimento dos bárbaros que disseminavam a selvageria dentro das torcidas nos estádios. A lei é cumprida tão à risca que se o torcedor invadir o estádio só pra dar uma corridinha pra abraçar o jogador, é retirado na marra, detido como vândalo, fichado e banido pra sempre dos estádios de futebol ingleses.
Como vivemos num país em que nem sempre a lei é cumprida, associo tudo isso à propaganda que se vem fazendo sobre o Brasil sediar as Olimpíadas e a Copa do Mundo. Sou totalmente contra.
O quê o país e a população ganharam sediando os últimos Jogos Panamericanos, por exemplo?
Acho que deveria existir uma lei internacional de que enquanto um país não apresentasse um índice mínimo de segurança pública, não deveria sediar estes tipos de competição.
Seria uma forma de punição. Porque, na verdade, o esporte é para as massas, mas por trás do esporte há os interesses políticos e comerciais que estes eventos representam. Interesses em ganhar novas fatias do mercado internacional. E estes interesses não cobrem a segurança, o conforto e o zelo pelo torcedor.
Apenas o lucro e o merchandising, de poucos.
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