sábado, 26 de dezembro de 2009

QUANDO ÉRAMOS REIS


Na sessão nostalgia, assisti um take comentado por Adílio da vitória sobre o Santos que deu o título de campeão nacional ao Flamengo em 1983.

Assisti ao jogo com colegas da Universidade num pequeno hotel em Sobral-CE. Estávamos fazendo uma disciplina de campo do nosso curso e naquela tarde todos nós torcíamos pelo Flamengo. Exceto um colega que era santista fanático de berço, nascido em Santos. Bom, imaginem a gozação pela qual o cara passou a cada gol que o Santos tomava. E ao final do jogo, quando o Flamengo ganhou por 3 X 0.

Pois sim, vendo o jogo comentado o que me chamou atenção foram as mudanças ocorridas com o futebol brasileiro daquela época pra cá. O Flamengo tinha Leandro, Júnior, Adílio, Zico; O Santos tinha Paulo Isidoro, Pita, Serginho, João Paulo. Eram jogadores improváveis de estarem juntos numa equipe hoje em dia jogando aqui no Brasil. Todos estariam jogando em times europeus.

E o esquema tático? Os times jogavam ofensivamente em busca dos gols com a posse de bola no campo do adversário. O Flamengo mantinha a herança deixada por Claudio Coutinho, técnico campeão nacional em 1980 e patriarca do título mundial interclubes de 1981.

Comparando ao futebol minguado e sonolento que sobrou aos times brasileiros da atualidade, onde qualquer jogador-revelação é logo exportado para a Europa, pelo menos resta-nos a alegria de termos sido contagiados pela alegria daquele que já foi considerado o melhor futebol do mundo. 

Segue o vídeo com os gols e a pancadaria provocada pelo time do Santos no final do jogo por conta da invasão em campo dos repórteres. Coisas do futebol brasileiro.




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