terça-feira, 31 de maio de 2011

A MULHER BARBADA

Elas já foram atração de circo lá pelo início do século passado ou, pelo menos, até King Camp Gillette patentear a lâmina que leva seu nome; mas vira e mexe aparece uma trupe feminina que faz de conta que a cera acabou e que a lâmina tá cega.

Eu me lembro de estar na praia do Futuro tomado um sol e uns chopes lá pelos longínquos anos 80 enquanto os pelos pubianos das banhistas escapavam pelas beiradas dos biquinis ao meu lado, fazendo juz ao rock brasuca  debochado da época: nós vamos invadir sua praia. Um ultrage ao rigor!

Mas já havia Baby Consuelo estampada na capa do seu  disco Ao Vivo em Montreaux, suada e com as suvaxilas peludas à mostra. E também Claudia Ohana exibindo sua densa mata nas páginas centrais da Playboy (até hoje existe uma legião de órfãos da Claudia Ohana). Olhando assim, pra gostar de mulher peluda, a gente era bem parecido com o japonês de hoje. Uns Godzillas dos trópicos!


Vem cá, meu nego, me dá um abraço!

Daí que agora, no tempo da cera fria, da pela macia, das fêmeas bem criadas, me aparece saindo de um buraco no túnel do tempo umas nostálgicas com o suvaco mais peludo que o meu. Até a Linda Mulher foi na onda. Dá licença que de suvaco peludo basta o meu!!

Já pensou esse suvaco suado do teu lado no ônibus lotado?

Até Amy Winehouse aloprou. Mas essa não conta porque é doida de pedra.

Tu encarava depois de quantas?

domingo, 29 de maio de 2011

CORTEM-LHES AS CABEÇAS!

Quando Joseph Guillotin sugeriu aos franceses a utilização da guilhotina, imagino que jamais lhe passou pela cabeça que, por ironia, sua cabeça também estaria sujeita a rolar pela lâminas da engenhoca. Precavidos e temendo que a carapuça lhes caibam, deputados e senadores acabam sempre sendo complacentes quando votam projetos de lei para tornar mais severas as leis no país, como aconteceu recentemente com o Código Florestal. O feitiço pode virar contra o feiticeiro.

Mesmo que a atual Constituição não tivesse banido a pena de morte, a guilhotina não seria bem vinda no país porque o risco de você ser morto por engano, por vingança, por pilhéria, seria muito grande em razão da corrupção intrínseca que nos envolve, do bispo ao desembargador, conforme nos mostra a história resgatada.

Ontem, enquanto assistia a final da Champions, e o narrador disse que pela vitória os jogadores do Barcelona e do Manchester receberiam cada um 700 e 400 mil euros, respectivamente, imaginei que o fair play da corrupção aqui no Brasil seria o seguinte: "olha vocês entregam o jogo e a gente dá um bicho de 500 mil pra vocês e todo mundo fica feliz, ok?"

Quando o país teve coragem de emplacar um impecheman em um presidente, eu pensei que agora iríamos mudar. Tornar-nos um país que vai pra frente ô, ô, ô ,ô de uma gente amiga e tão contente, ô, ô, ô,ô...Ledo engano. A frase que me vem agora, anos depois daquele fato, encontra-se ipsen liden, na orelha do livro "A Coroa, a Cruz e a Espada, de Eduardo Bueno, e diz: "Em companhia do  governador-geral, Tomé de Sousa, desembarcaram na Bahia, em março de 1549, dezenas de escrivães, juízes, meirinhos, provedores e almoxarifes. Esses funcionários públicos - vindos em número bastante superiores às exigências do serviço - transplantaram para os trópicos algumas das mais marcantes características da burocracia estatal ibérica: o clientelismo, a leniência e o nepotismo".

O governo Lula adiou uma iminente Guerra Civil com os programas de distribuição de renda mas não encontrou soluções para mudar a cara do país. Os miseráveis, mesmo recebendo recursos do Governo Federal para melhoria a renda, querem continuar miseráveis porque só assim vão continuar sendo tratados como coitadinhos e, mantendo-se  num determinado patamar que justifique suas necessidades; os políticos não querem de verdade, melhorar a qualidade de vida dos miseráveis porque eles fazem parte do chamado voto de cabresto, ainda em voga nos currais eleitorais no país, e são garantias de suas próximas reeleições.

Juntando todas informações diárias que circulam como enxurrada pela mídia - assaltos, explosão de caixa eletrônico, desvio de verbas do INSS, propinas entre políticos, fraudes no seguro-pescador, desvio de verbas públicas, corrupção policial - fico imaginando quantos por cento da população brasileira é criminosa e quantos por cento do território nacional seria destinado para a construção de super-presídios para enjaular essa turma do mal.

Enjaular para cumprir a Constituição. Eu preferiria colocá-los a ferros, em trabalhos forçados na recuperação de ruas, estradas, estádios, etc.

Isso eu, porque a Rainha Vermelha apenas bradaria:
- Cortem-lhes as cabeças!!!!!!