sábado, 8 de outubro de 2011

THE APPLE IS ON THE TABLE

Das gafes impagáveis da semana, a hors-concours foi a da Mulher Maçã lamentando a morte de "Esteve Jobs", cujo texto, na íntegra, reproduzo aqui:

"Gracy Kelly a mulher maca se sentiu tocada com a morte de Esteve Jobs. Ela acredita que boa parte de seu sucesso nacional e principalmente internacional tem haver com o simbolo da apple que vem a ser uma maca. No ano em que comecou a aparecer na midia como a mulher maca por coincidencia foi o mesmo da ascencao da empresa americana. Mesmo nunca tendo conhecido esse genio inventor de grandes modernidades ela se sente profundamente agradecida pelo maca vir a ser o simbolo da empresa que vem a ser seu apelido desde adolescente. Ela promete fazer uma nova tatuagem com o simbolo da apple para eternizar o seu agradecimento".

Grace Kelly mostrou amplo domínio da língua de Camões ( aquele das piadas, não o autor dos Lusíadas), pois seu nível de gramática ficou no ensino fundamental. Num golpe de marketing, a popozuda ainda aplica um 171 quando cita a "coincidência" do aparecimento dela na mídia com a ascenção da Apple. Não sei se rio ou me suicido prendendo a respiração. E mostra uma verve literária "talqualmente" o coloquialismo de Odorico Paraguaçu sobre "o inventor de grandes modernidades". 

Ela se sente agradecida pelo símbolo da Apple ser uma maçã. É verdade... Poderia ser uma banana. Imagina se ela estivesse na mídia quando Osama atacou as torres gêmeas em Nova York, a Big Apple. No mínimo ela teria dito: " Meu Deus, poderia ter acontecido comigo!" Nada estranho para quem afirmou recentemente que seus seios teriam crescido 3 cm com a técnica tailandesa do tapa na cara. Falando nisso, receba da minha parte um tabefe virtual pra ver se eles crescem mais uns 2 cm.

Aliás, Mulher Maçã, não confunda hors-concours com halls com cus.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

TOP 10: BELDADES DO ESPORTE 2011


Chegando fim de ano e começam a aparecer as listas: listas dos melhores celulares, dos melhores tablets, dos melhores times de futebol, das compras de Natal, das contas que você vai pagar,etc, etc, etc. Fazendo jus ao espírito espada deste blog, resolvi pegar carona na lista das listas que está rolando nas principais revistas de esporte que é o TOP 10 das atletas mais sexy de 2011, ou seja, a lista das gatas mais gatas do esporte.

Obviamente esta não é a lista oficial, mas a minha lista, embora eu nem tenha me atrevido a mudar de posição algumas beldades, como vocês verão a seguir. Claro que cada um pode fazer a sua lista conforme a preferência, inclusive trocando a Anna Kounikova pelo Justin Bieber., mas aí é melhor você ir ler a Capricho, cara-pálida.


10º Lugar: Niki Gudex
33 anos, inglesa, ciclista


9º Lugar: Heather Mitts
33 anos, americana, futebolista


8º Lugar: Darya Klishina
20 anos, russa, salto em distância


7º Lugar: Anna Kounikova
30 anos, russa, tenista


6º Lugar: Anastasia Ashley
24 anos, americana, surfista profissional


5º Lugar: Maria Sharapova
24 anos, russa, tenista


4º Lugar: Maria Kirilenko
24 anos, russa, tenista



PÓDIO


3º Lugar:  Alana Blanchard
21 anos, americana, surfista profissional


2º Lugar: Leryn Franco
29 anos, paraguaia, arremesso de dardo


1º Lugar: Alison Stokke
22 anos, americana, salto com vara



sábado, 1 de outubro de 2011

NESSAS ILHAS CHEIAS DE DISTÂNCIAS

Enquanto voltava pra casa agora de manhã me bateu um revival ao ouvir o Ave de Prata, de Elba Ramalho, no player do carro. Porque isso me reporta ao início dos anos 80 e naquela época eu estava vivendo uma fase que todo jovem sempre pensa em ter: tinha saído de casa pra fazer faculdade e ido morar em outra cidade.

Quando cheguei em Fortaleza o impacto cultural foi muito grande: meus primos tinham um visual californiano com parafina nos cabelos decorrente da prática do surfe nas águas verdes da Leste-Oeste e do Mucuripe. Logo nos primeiros dias depois de voltar da praia, um deles emendou uma jam do Genesis com Vou Danado pra Catente, de Alceu Valença. Aquilo foi um choque. Naquele momento minha relação com a música nordestina foi tomando outra dimensão, especificamente com a música emergente entre o Ceará e Pernambuco,  pois até então, vindo de uma região que não é Norte nem Nordeste, mas adequadamente conhecida como Meio-Norte, parecia não ter descoberto uma identidade musical apesar de sempre ter tido uma relação muito íntima com a música. 

Junto com esta metamorfose, tomei conhecimento da existência de uma tal de rádio FM que só tocava música o dia inteiro. Pra quem não sabe, logo que surgiram as FM's não eram comerciais e bregas como 95% das FM's de hoje. Elas tinham uma proposta de só tocar música com a mínima interferência do locutor ou comerciais, algo mais ou menos similar como acontece atualmente com os canais de áudio das tvs por assinatura. E havia uma efervescência musical acontecendo no Nordeste para tocar nestas rádios: os discos recém-lançados de Fagner (Revelação), Zé Ramalho (Avôhai), Elba Ramalho (Ave de Prata), Geraldo Azevedo (Bicho de Sete Cabeças), Belchior (Medo de Avião) e Ednardo (Enquanto Engoma a Calça), entre outras agitações como o Massafeira. E essas audições musicais se tornaram contínuas e meus primeiros acordes musicais na tentativa de aprender a tocar violão, aconteceram com estas músicas. Ainda bem que eu não forcei a barra, pois toco muito mal e ainda prefiro as versões originais do que as minhas interpretações acústicas.

Mas,  o mundo era uma sopa em ebulição e eu precisava dos seus ingredientes. Junto com a balada musical meus interesses culturais se interceptaram com leituras de Fernando Gabeira e Ferreira Gullar, justo quando ambos voltavam do exílio. Deste último, ilhéu como eu, mantive o Toda Poesia (1ª edição, capa dura) como livro de cabeceira e diário de bordo durante vários anos.

Em seguida, numa das visitas ao meu amigo Buana lá no seu cafofo no centro de Fortaleza, fui presenteado com diversas audições dos primeiros LP's do Barão, ainda com Cazuza, e sessões, depois passadas para uma fita cassete que eu ouvia no toca fitas da Toyota Bandeirante da empresa lá nos confins do sertão, do Emotional Rescue e do Tatoo You, dos Stones.

Mas aí é outra história.