quarta-feira, 31 de março de 2010

USA X USB

Michel Sokol escreveu na Rolling Stone do mes passado um artigo devastador sobre o maior pesadelo da indústria do entretenimento, os downloads ilegais de músicas, utilizando-se de uma metáfora do filme Avatar e o incômodo que isto causa em artistas como Bono e Lily Allen. Cito parte do texto:

"Liberdade, Igualdade e Fraternidade. É com um futuro assim que a humanidade sonha há pelo menos 200 anos. E o sonho não acabou, ao contrário, ganhou recursos para ser sonhado em 3D. É só colocar os óculos e ver a mata florescer fluorescente diante dos teus olhos, brilhando colorida num mundo em que todos têm uma trança no cabelo que não é uma trança, mas um cabo USB que serve para fazer download das árvores, dos bichos e até de Deus - tudo de graça. E quando alguém morre, transferem-se os arquivos da alma do morto para outro hardware, digo, corpo, e assim todos vivem felizes e conectados para sempre em um futuro que só não é perfeito porque o James Cameron vacilou ao colocar um rabo enorme e azul pregado no futuro do seu traseiro. Gostou? O Bono não. Ao que parece o vocalista do U2 é contra a idéia de um futuro azul, libertário, igualitário, fraterno e rabudo à base de download gratuitos."

No cinema, Hollywood acendeu hoje o sinal amarelo para a Espanha sobre a suspensão da distribuição de filmes para aquele país alegando que as vendas de DVD's caíram 75% em cinco anos por causa da pirataria e que o número de downloads ilegais passou de 132 milhões para 350 milhões entre 2006 e 2008.

Olhando hoje, mais de uma década depois, o Napster foi fichinha naquele celeuma todo inicial. A indústria do entretenimento é um monstro que come suas próprias entranhas e regurgita pra comer de novo como um animal insaciável. A mesma indústria que distribui filmes, discos e músicas é a mesma que estimula o consumo de compra de dvds, hardwares, softwares, banda larga e toda tecnologia de ponta que permite baixar e armazenar filmes num curto espaço de tempo e em drives cada vez mais compactos e possantes.

Há décadas esta indústria explorou o mercado como quis de uma maneira estática - produzindo e vendendo  a seu modo sem se importar com a opinião do consumidor. Quem apostou que a globalização fosse um rio fluente de $$$ tem que repensar seu modo de produção e criação, até porque são diversas variáveis a serem analisadas incluindo as peculiaridades legais de cada país.

Mas meu ponto de vista é o mesmo de Sokol: é uma guerra USA x USB e quem não reconstruir seu formato musical ou cinematográfico com relação à distribuição e venda, vai perder esta guerra para os artistas e estúdios mais criativos. 

Avatar foi uma destas criações. Foi reinventado desde as câmeras especiais desenvolvidas especialmente para as filmagens. Eu, por exemplo, nunca pensei em assistí-lo antes de outra forma que não fosse no cinema e em 3D.  Lost é outro exemplo. Mesmo com os episódios disponíveis para download uma semana antes de passar na TV é um sucesso de público e de vendas de DVD, por conta do formato criado pelos autores e pela interatividade dos fã através da internet.

Engana-se quem pensa que o consumidor não paga o preço justo por um produto justo. Apenas não gostamos de sermos sangrados no pescoço.

terça-feira, 30 de março de 2010

COMENDO COM OS OLHOS

Este mes vi uma postagem muito legal no blog da dri viaro sobre a publicidade x realidade dos alimentos embalados que são oferecidos nas gôndolas e geladeiras dos supermercados. O mais hilário é que é tudo verdade. Somos ludibriados pelas imagens e ainda achamos graça.  Um verdadeiro "enganeichon" para manipular o consumidor. Ou seja, nós.

No vídeo abaixo uma especialista em publicidade de alimentos ensina como as grandes redes montam um hamburguer com fritas "suculento", para enganar seus olhos, aumentar sua fome e ferrar seu bolso.

Se o hamburguer da lanchonete não agradar, coma a foto.
 

domingo, 28 de março de 2010

UTOPIA E PAIXÃO


Resgatei por estes dias a leitura de Utopia e Paixão, de Ricardo Freire e Fausto Brito, buscando o mesmo significado de quando o li pela primeira vez aos vinte anos.

Os impactos são diferentes. Mas, ainda assim uma passagem permaneceu intacta na minha memória devido ao efeito aniquilador e explícito que foi contundente em algumas pessoas da minha geração. Trata-se do amor de mãe elevado a quinta potência. Digo isso tão convicto porque conheci pessoas que deixaram de realizar seus sonhos, suas paixões e utopias, por conta da ligação de um cordão umbilical de aço ocultado sob um manto cor de rosa do amor materno.

O trecho do livro é o seguinte, com adaptações:

"Consideramos o amor de mãe muito mais perigoso para a humanidade que todo o arsenal de armas atômicas. Estas armas servem às chantagens do jogo de poder internacional. Mas isto tudo é controlável, pois faz parte de um jogo mais ou menos ético e universal.

Agora, quanto ao amor de mãe, é justamente o contrário. Nós o veneramos. E é através dele que o autoritarismo penetra nas pessoas e provoca outro tipo de desintegração. Em vez de nuclear, é uma desintegração bioenergética que nos torna dependentes e impotentes diante do autoritarismo. Nós nos habituamos a viver com ele e não conseguimos mais viver sem ele: é a morte da originalidade, é a impotência e incompetência para a liberdade.

O amor de mãe de que falamos é aquele desenvolvido acima do necessário, acima do biológico, acima do real, acima do amor.

O "excesso" de amor do tipo "mãe" enfraqueceu o homem de tal forma que ele aceita o poder, a dominação, a injustiça social, as armas nucleares, enfim, todas as faces do autoritarismo. Ninguém nasceu autoritário. O ser autoritário se produz através de um processo pedagógico que começa nas relações afetivas familiares.

Os pais e as mães não sabem que muitas vezes estão trabalhando a serviço do poder do Estado para destruir nosso poder de contestação, de identidade pessoal, de espontaneidade criativa."

Confesso que aos vintes anos, sob a primeira leitura, não senti o estardalhaço visceral do significado desta passagem como quando a compreendi anos mais tarde: se uma arma atômica é suficiente para uma destruição total, imagine um arsenal de armas atômicas.

Claro que a maioria de nós não vive mais nas cidades provincianas de vinte, trinta anos atrás e neste ínterim o mundo, a sociedade e o comportamento já passaram várias vezes pelo liquidificador das mudanças. Não se concebe mais ao indivíduo sua indiferença a sua identidade. Vivemos no acelerado processo onde o que conta é a construção de nossa personalidade num mundo que já sobrevive a milênios independente de nossa existência, e que cabe a nós, somente a nós, marcar o nosso o nosso lugar, o nosso território.

O amor de mãe é uma herança indissolúvel. Sobreviverá. Mas nossos caminhos são trilhados apenas com nossos pés.

sexta-feira, 26 de março de 2010

A GATA TRISTE

                                                           Quem é Miss Marple?


Miss Marple é uma velhinha curiosa e simpática com cara de rabujenta, presente em alguns romances de Agatha Christie que, entre um bordado e outro, resolve os crimes mais mirabolantes.

O que eu gosto em Miss Marple é que ela tem o hábito de associar pessoas. Em todo romance tem uma passagem que ela acha o comportamento de uma pessoa muito parecido com o de uma outra que ela conheceu anos atrás em outra cidade.

 
Às vezes tenho esse comportamento em associar pessoas. Talvez porque já tenha sido um imigrante cosmopolita ou porque aqui e ali isso valia como  técnica de sobrevivência para nadar entre os tubarões; ou as duas coisas juntas. Talvez apenas porque li alguns anos atrás algumas passagens dos livros "O Corpo Fala" e "Decifrar Pessoas". Talvez por ter lido muito Agatha Christie. Talvez...

Mas um tipinho que não me passa despercebido são aquelas pessoas que apenas "cozinharam o milho" mas que apregoam a tanta gente e dão tanta ênfase ao que fizeram, que passam a impressão aos outros de que elas também escolheram "a semente, fizeram o roçado, plantaram e colheram o milho."

E depois encaram o interlocutor em silêncio aguardando a ovação pela sua "atitude". Com aqueles olhos de piedade. Olhos de uma gata triste.

OS OUTROS

Impressiona-me o lugar comum das pessoas comuns em viver/dizer que a felicidade são os outros.

Se contentando com migalhas como canários na gaiola garimpando os últimos vestígios de alpiste.

Apagando seus dias para que o sol ilumine mais os dias alheios.

Impressiona-me o descrédito que dão a si mesmas quando os outros, disfarçados de imponentes em seus pedestrais invisíveis, as temem porque sabem que elas tem o poder se rebelar.

Como aves escapando dos viveiros.

quarta-feira, 24 de março de 2010

QUANTO PODEMOS GANHAR COM ISSO?

Eu ainda lembro do tempo em que era moda calça boca-de-sino e sapato cavalo-de-aço. Mas nada se compara à cafonice de usar uma capanga ou aquelas antigas pochetes que nos transformavam em marsupiais urbanos.

Desde que o mundo é mundo alguém sempre esteve na vanguarda de alguma coisa pra lançar uma tendência, uma moda que coloca uma, duas, tres, várias pessoas num trenzinho da alegria para segui-la e contagiar todo um grupo.

Na época que meu tênis Adidas era um Conga, resovi fazer academia. Não no formato destas academias de hoje. Academia era uma extensão de um clube militar. Ferro e pranchas abdominais. Sabe aquelas academias de boxe bem furrecas que você vê naqueles filmes americanos? Era mais ou menos assim.

Neste embalo de atleta, lembro dolorosamente do meu teste de cooper  para fechar a cadeira de educação física, dando seis voltas e meia na pista de atletismo às 15:00h em pleno horário de verão e da ânsia do iogurte que havia sido meu lanche de almoço naquele dia para evitar um piripaqui sob o sol.

Até comida vira moda. Quando eu fazia primário ( primário, jovens leitores era como se chamava os 4 primeiros anos do ensino médio ) eu levava q-suco dentro da garrafinha e comprava um pão-cheio de vinte centavos no colégio pra segurar a broca até a hora do almoço. E não morri por conta disso.

Naqueles tempos a gente comia aquela comidinha vinda do sítio, das hortas caseiras, do peixeiro e do verdureiro que passavam nas portas das casas. Galinha só aos domingos. E só caipira. Isso quando alguém estava doente: eu ou a galinha. Refrigerante era um artigo de luxo. Só se tomava em aniversários. Uma garrafinha por convidado.

                                Eu era caipira agora sou da cidade



Depois criaram as redes de fast-food, o self-service e tudo aquilo que aumenta seu manequim e os dígitos na balança. E aquela comidinha saudável virou coisa de caipira da roça. Agora virou moda de novo. Com outro nome e com outro preço. Agora é orgânico.

Engarrafaram a água do rio onde eu tomava banho quando era criança, gaseificaram e botaram uns aromas de frutas. Fazem até gelo com ela alegando que é melhor e coisa e tal como se minha geladeira não fizesse gelo. Empanturraram a gente com tanta mistureba que agora tem até iogurte pro indivíduo com estômago preso de tanta porcaria que já comeu, evacuar melhor. E havia um tempo que bastava a gente comer mamão ou ameixa que dava o mesmo efeito.

Eu fico imaginando é o complô nas salas fechadas das grandes corporações articulando, planejando, maquinando qual será o novo tipo de ração de comida que eles vão criar para nos alimentar nos próximos anos e como vão divulgar, como será o marketing, em quais revistas vão anunciar, quem vão ser os garotos-propagandas...

Roy McDonalds disse uma vez a um grupo de ouvintes numa palestra que "engana-se quem pensa que o nosso negócio são hamburguers. Nosso negócio são imóveis." A rede de lanchonetes do McDonalds é dona das esquinas mais valorizadas do planeta.

Ninguém está pensando no mal que fazem os carboidratos e calorias que você está ingerindo. A pergunta que eles fazem é: o que está na moda e quanto podemos ganhar com isso?

terça-feira, 23 de março de 2010

10 ILUSTRAÇÕES FANTÁSTICAS

Andei visitando as páginas de alguns artistas plásticos e as imagens são de tirar o fôlego por conta do realismo das ilustrações. NÃO SÃO FOTOGRAFIAS! SÃO PINTURAS!
Confira!




Alyssa Monks

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Bert Monroy




Blair Art Studio



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David Kassan

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Diego Gravinese

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Doug Bloodworth

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Erik Zener

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Gregory Thielker

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Paul Robert

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Roberto Bernadi

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segunda-feira, 22 de março de 2010

O ZEN-NUDISMO NA TÉCNICA DA JARDINAGEM

                                    Casal pelado disfarçado de arbusto


Nessa onda de ficar peladão, no Colorado, um casal que pratica jardinagem em trajes íntimos está ameaçado de despejo pelos vizinhos.

Dizem que é mau exemplo pra garotada, a vizinha cinquentona, ficar andando pra lá e pra cá com os seios balançando entre as trepadeiras (Trepadeiras, neste caso, são uma das variedades de plantas da família Oleaceae diferente de vizinhas trepadeiras que são de outra família). Pior ainda deve ser o visual do maridão em trajes de quase-Adão desenrolando a mangueira ao ar-livre (Mangueira: instrumento de borracha flexível utilizado na irrigação de jardins). Entendido?

Ok, vamos adiante! Os americanos possuem a maior indústria pornográfica do mundo para exportação mas quando o assunto é no quintal deles, invocam a TRADIÇÃO-FAMÍLIA-PROPRIEDADE e arrotam um puritanismo pudico de mentirinha.

Of course, mas isso é problema deles.

O meu foi ficar curioso em saber se causa algum efeito a visão dos seios nus no crescimento das plantas? É porque dizem que o corpo fala e que tem gente que conversa com plantas...

E "porque os poetas místicos dizem que as flores sentem e dizem que as pedras tem alma e que os rios têm êxtase ao luar."*

Deve haver uma resposta sensata pra essa relação natureba-psicológica-mística, senão não existiria o Discovery Chanel nem o Animal Planet.

Tô querendo dar um upgrade no visual de minhas plantinhas no terraço mas acho que essa onda de andar peladão perto delas não irá contribuir muito pra isso. Pelo contrário, acho que elas podem até murchar com o susto (murchar no sentido de definhar: elas, as plantas. Fui claro? ).

* citação de "O Guardador de Rebanhos", de Alberto Caeiro

domingo, 21 de março de 2010

O EX-MÁGICO DA TABERNA MINHOTA

O título acima é de um dos meu contos favoritos de autoria de Murilo Rubião, publicado originalmente em 1974.

A história desenrola-se na ótica de um mágico que mesmo encantando sua platéia, vivia constantemente entediado até que resolve dar fim à própria vida. Ironicamente, na condição de mágico, não consegue. Um dia escuta um homem triste dizer que ser funcionário público era suicidar-se aos poucos. Aquilo lhe deu um novo alento aos seus planos e resolve então entrar para uma Secretária de Estado pois qualquer forma de suicídio seria-lhe conveniente. Ou lenta ou rápida.

É uma metáfora sobre a condição humana em relação à felicidade. Quantas vezes nos sentimos entediados com nossa rotina e queremos dar uma guinada em nossa vida? Às vezes acertamos, outras não. E nestes fracassos repetimos o clichê de que éramos felizes e não sabíamos.

Segue um pequeno trecho para apreciação:

"Numa dessas vezes, irritado, disposto a nunca mais fazer mágicas, mutilei as mãos. Não adiantou. Ao primeiro movimento que fiz, elas reapareceram novas e perfeitas nas pontas dos tocos de braço. Acontecimento de desesesperar qualquer pessoa, principamente um mágico enfastiado do ofício".

Quer ler na íntegra? Clique aqui para acessá-lo no meu disco virtual.

quarta-feira, 17 de março de 2010

A BABEL DOS TEMPLOS

A criatividade humana não tem limites. Quando a coisa desanda pra fé, então, nem se fala...Abrir igreja evangélica tornou-se um bom negócio, porque o dono já sai como presidente da obra ( é o fraco!!!).

Segundo matéria da revista evangélica Eclésia  todo o processo é baratíssimo: se o próprio interessado fizer tudo sai por R$ 250,00. Se precisar de um contador, fica entre 600 e mil reais, salientando que a lei permite a abertura por qualquer pessoa, mas não pode avaliar os interesses e a seriedade de cada um.

Como é um negócio em ascensão, pois existem cerca de 150 mil templos no país, o mesmo ainda pode ser passado em frente caso você ache que não vale mais a pena. Consta na matéria da revista que o jornal carioca Balcão, especializado em classificados de todos os tipos, ofertava a pouco tempo uma igreja evangélica equipada com som e móveis e "que tinha cerca de 200 membros". Só os membros não sabiam que estavam fazendo parte do pacote promocional.

Quando o assunto é o nome das igrejas a coisa vai ficando risível, no mínimo. Ou até poderiam ser o título de um filme de Glauber Rocha ou de Zé Mojica, o Zé do Caixão.

Mas o motivo deste baralho de nomes de acordo com um dos especialistas do assunto, é que a sobrevivência da nova igreja dependerá em grande parte da capacidade em expressar, através de seu nome, aquilo que ela pensa ser sua vantagem comparativa em relação à concorrência.

Os caras se dizem cristãos e falam de concorrência. Pra mim isso se chama dissidência por motivos financeiros. Cada um querendo pegar a maior parte do dízimo.

A lista a seguir foi compilada do site igrejologia onde você pode ver outra dezena de títulos de templos retirados de listas telefônicas, segundo seu criador; mas algumas destas igrejas também são citadas no site da Eclésia, o que em tese, atesta sua veracidade.

Eu ia até comentar os nomes, mas veja você mesmo a lista abaixo e tire suas conclusões. Fiquei sem palavras:

Assembléia de Deus Batista a Cobrinha de Móises
Assembléia de Deus com Doutrina e sem Costumes
Assembléia de Deus Canela de Fogo
Assémbléia de Deus Fiel Até Debaixo D'água
Congregação dos Fiéis Vencedores Salvos da Macumba
Congregação J.A.T ( Jesus Ama a Todos )
"Igreija" Evangélica Muçulmana Javé é Pai
Igreja "A" de Amor
Igreja a Voz da Pedra Angular
Igreja Abre-te Sésamo
Igreja Assebléia de Deus Botas de Fogo Ardentes e Chamuscantes
Igreja Assembléia de Deus do Papagaio Santo que Ora a Bíblia
Igreja Automotiva Móvel do Fogo Sagrado
Igreja Bailarinas da Valsa Divina
Igreja Bate Palmas 40 Dias
Igreja Batista Logaritmica do Reino de Deus
Igreja Batista Nero se Arrependeu, e Você?
Igreja Batista Pronto-Socorro das Almas
Igreja Contato Direto de Vigésimo Grau com Milagres
Igreja do Rio que Corre Torto
Igreja Evangélica a Última Trobeta Soará
Igreja Evangélica Indiana da Missão de Cristo no Brasil
Igreja Evangélica Koskenkorva do Fim da Tarde
Igreja Evangélica Ligação com o Paraíso
Igreja Noiva de Jesus da Segunda Divisão
Igreja o Cuspe de Deus
Igreja Pentescostal do Cuspe Santo
Igreja Quadrangular da Quarta Dimensão
Igreja Soka Gai

terça-feira, 16 de março de 2010

OK GO - THIS TOO SHALL PASS - RUBE GOLDBERG MACHINE VERSION - OFFICIAL

Esse vídeo tem uma sequência muito legal e bem bolada de imagens.
Vale a pena ver pois foi filmado de uma só vez sem cortes.
No final aparece toda a equipe comemorando o resultado do trabalho.

segunda-feira, 15 de março de 2010

PESCANDO SEM MOLHAR O ANZOL

Li na última Rolling Stone uma entrevista com o Ministro da Pesca e Aquicultura, Altemir Gregolin, sobre o seguro-defeso, aquele que o governo paga para os pescadores durante o período de suspensão da pesca na época da desova dos peixes.

Hoje são mais de 800 mil pescadores cadastrados no ministério e cerca de 60% da captura é feita pela pesca artesanal.

O orçamento do Ministério deste ano foi aprovado em R$ 803 milhões, excluído os recursos para crédito e seguro-defeso que é bancado pelo Ministério do Trabalho. A idéia é incrementar a pesca no país, recuperando potenciais pesqueiros, como da sardinha, proibindo a pesca em determinadas áreas do ano, promovendo alfabetização aos pescadores, etc.

A revista fez uma investigação preliminar e apontou suspeita de fraudes pois existem indícios de que vários beneficiários do programa nunca molharam um anzol na água e passam metade do ano recebendo um benefício que não lhes é devido. Algumas famílias ainda complementam renda com o bolsa-família. E tem mais, quando conseguem trabalho não querem carteira assinada, pois assim perdem o benefício da pesca. Nesse bem-bom, uma das famílias entrevistadas pela revista, recebe de benefícios, 24 salários por ano.

A notícia para mim não é novidade. Basta olhar as mãos de quem vai receber o seguro. Já presenciei beneficiárias do programa passando-se por marisqueiras e com as mãos e unhas tão bem tratadas que pareciam ter saído do salão. Quem descasca sururu, sarnabi e camarão tem mãos marcadas de trabalho árduo. Calejadas de sal.

Segundo a matéria, o esquema funciona mais ou menos assim: um falso pescador é cadastrado no sindicato ou na colônia de pescadores como tripulante de um barco de pesca registrado legalmente. Daí seu cadastro é mandado ao Ministério do Trabalho. Se aprovado vai receber o benefício e repassar uma comissão ao sindicato e ao dono do barco.

Simples, não. Mas o ministro disse que a competência da fiscalização é do Ministério do Trabalho.

Então, tá.

VOU EMBORA MAS LEVO TUDO QUE EU TENHO

domingo, 14 de março de 2010

SE É PARA PROTESTAR, FIQUE PELADO!

Em duas manifestações este final de semana, os ativistas expuseram seus protestos totalmente peladões.

Hoje pela manhã em Madri, ativistas tiraram a roupa em protesto contra as touradas, cubrindo-se com sangue falso e "bandeirillas". Visualmente, as fotos são de uma plástica perfeita. Resta saber que impacto terá sobre a tradição madrilenha.

                                                                 Crédito:AP

Ontem, a manifestação foi em Lima, onde os peruanos circulando pela capital com suas bicicletas, literalmente mostraram o peru em favor do meio ambiente e pela construção de ciclovias. Eu só acho que esta onda de pedalar pelado queima, ou melhor, assa o "meio ambiente" dos ciclistas. Se é que você me entende.

                                                             Crédito:AFP

Parece que a banalidade do discurso já era. Se é pra chamar atenção, fique nu. Sobre isso já cantava Roberto Carlos, décadas atrás na canção "Preciso Chamar Sua Atenção".



( Minha cerveja não está gelada o suficiente. Será que devo ficar nu para protestar ? )

sábado, 13 de março de 2010

PIN-UPS


Sou fã confesso da arte das pin-ups dos anos 40 e 50.


Acho que é o retrato simbólico do erotismo de uma época com outros valores morais, marcada pelo pós-guerra, como um prelúdio da revolução cultural que viria na década seguinte.


Sem querer fomentar falsos pudores, a sensualidade insinuante das imagens capturam uma certa ingenuidade se comparada ao comportamento atual da sociedade, até porque rompia involuntariamente com alguns tabus os quais as mulheres, até metade do sec. XX, eram submetidas. Mas é exatamente isso que transforma estas gravuras em algo especial, porque dentro da cabeça das pessoas sempre existiu o mesmo desejo erótico primitivo.

O termo pinup surgiu pela primeira vez em 1941 e foi muito utilizado para representar fotos de garotas em calendários de paredes ( o termo pin ups significa pendurados ), mas popularizou-se durante a 2ª Guerra quando estas fotos tornaram-se item obrigatório nos armários dos soldados americanos.



Então, vamos prestar nossa homenagem e bater continência a estes bravos pioneiros.

sexta-feira, 12 de março de 2010

VAICE, EUDI E CÔTRA


Recebi esta por e-mail e tô passando em frente!
Programa radiofônico no Nordeste.

Locutor: - Quem ligar agora e fizer uma frase com uma palavra que não exista no dicionário ganha duas entradas para o cinema. Alô! Quem é?

Ouvinte: - Sérgio, da Vila Rezende.

Locutor: - Olá Sergio... Já conhece a brincadeira? Qual a sua palavra?
Ouvinte: - Ah! A palavra é vaice!

Locutor: - Vaice? Como se escreve?

Ouvinte: - V - A - I - C - E.

Locutor: - Espera um pouco... Deixa eu consultar o dicionário... É, realmente esta palavra não existe. Agora faça uma frase com essa palavra e, se a frase fizer sentido e descobrirmos o que significa a palavra, você ganha!

Ouvinte: - Ok, lá vai.... Vaice F#### ! E nesse momento desliga a ligação.

Locutor: - Que é isso pessoal! Vamos colaborar... Afinal existem crianças... ouvindo... Vamos tentar outra ligação. Alô ! Quem é?

Ouvinte: - Joselito, da Santa Terezinha.

Locutor: - Olá Joselito... já conhece a brincadeira? Qual é a sua palavra?

Ouvinte: - Eudi!

Locutor: - Eudi? Como se escreve?

Ouvinte: - E - U - D - I.

O Locutor pede para o ouvinte esperar um pouco.

Locutor: - Deixa eu consultar o dicionário... Deixa eu ver... Deixa eu ver... Eudesmano.... Eudesmol... eudésmia... Eudiapneustia... eudiapnêustico. É! Realmente esta palavra não existe. Agora faça uma frase com essa palavra e, se a frase fizer sentido e descobrirmos o que significa a palavra, você ganha!

Ouvinte: - Ok, lá vai... Sou EUDI novo e VAICE F#####!

Locutor: pô galera. Assim fica difícil né? Vamos pro intervalo!! Passa-se o intervalo...
Locutor: vamos lá galera. Vamos de novo. Quem fala?

Ouvinte: José de Jaboatão (com voz de criança)

Locutor: Oi José. Que bonitinho! Quantos anos você tem?

Ouvinte: 10 anos.

Locutor: Que legal! Então. Qual a palavra?

Ouvinte: CÔTRA.

Locutor: É... Côtra não existe mesmo. Manda a frase!

Ouvinte: EUDI novo, CÔTRA voz. Vaice F#####!!!

 

quinta-feira, 11 de março de 2010

ALTER-EGO

                                                Ponte do São Francisco - Sao Luís
                                                        Fonte: Portal Mirante


Meu alter-ego danou-se a escrever poemas.
Criou até um blog pra isso. Invejoso.
Convidei-o a escrever algo no meu blog, mas pouco se importou.
Acha que eu falo muitas amenidades
Eu imaginava que ele não havia sobrevivido da queda de cima da ponte do São Francisco, mas soube depois que acabou sendo recolhido por pescadores de carangueijos que passavam por ali na foz do rio Anil rumo aos manguezais do Jaracati.
Ainda assim vou deixar o link do blog: é só clicar aqui
Digam se vale a pena.

quarta-feira, 10 de março de 2010

PARADOXOS DA NATUREZA

A natureza tem seus paradoxos.

Sete da noite, chego em casa e dou de cara com Ana Hickman no meu quarto. Calma, calma, eu explico:  ela está na capa de uma revista que assino e a revista estava no meu quarto. Essa visão, ou melhor, esse acontecimento foi "na vida de minhas retinas tão fatigadas" um alento após oito horas de trabalho e mais uma de trânsito. Olho as fotos e vejo o quanto a natureza pode ser tão generosa.


                                          Crédito:Revista VIP
Depois deste relax e de encarar a janta, ligo o PC pra dar uma relaxada e CRUZ-CREDO!!!  na primeira página da Web me deparo com uma foto e a notícia bizarra de uma chinesa de 101 anos que desenvolveu um chifre e que, do lado direito da testa, já tá nascendo outro. Dizem ainda que parece chifre de cabra. E se vivesse mais 100 anos, iria se transformar em quê?

                                                                                      Crédito: pic.people.com.cn

segunda-feira, 8 de março de 2010

TENHO OUTRA EM CASA

Falei que a gente era quase Mônaco, mas me permito dizer que também temos um toque de japonês quando descartamos as coisas que não nos servem mais.

Olha o exemplo aí:

                                                     Fonte: Yahoo

Ontem o dono desta Ferrari, avaliada em R$ 1 milhão, abandonou ela perto de BH após um acidente e não voltou mais para buscar. Nem foi localizado. E não há queixa de roubo.

Vai ver tem outra novinha em casa.

Economia boa é essa aí.

domingo, 7 de março de 2010

QUASE MÔNACO

O Brasil já é quase Mônaco.

Veja a foto ao lado: não parece com uma de nossas capitais no litoral? Tá vendo o lavador de pará-brisas no sinal extorquindo alguns trocados? E o flanelinha para vigiar os carros?

Veja como estamos quase lá. Compare os números da economia:

Em Mônaco um Big Mac custa o equivalente a 8 reais. No Brasil também.
Uma latinha de refri: R$ 1,50. Idem, no Brasil.
Entrada de Cinema ( inteira ): 26 reais. Mais ou menos isso, por aqui.
Camisa da Seleção Francesa: 175 reais. Camisa canarinha 2010 da Nike: 179 reais
Carro Popular: 27 mil. Um Uno ou Gol 1.0 2010 custam entre 24,5 mil e 27 mil
Playstation 2: 470 reais. Mesmo preço daqui.

A única diferença, e vejam só é apenas uma, é o salário dos jovens. Lá o mínimo é de  3.400 reais. O daqui é...(tenho vergonha de dizer).

Se é pra entrar na onda da globalização, não vejo a hora de superarmos esta diferença.

Estamos, ou não, quase lá?

sábado, 6 de março de 2010

SEM O VASO DE FLORES, NADA FEITO!!!


Nos meus áureos tempos de estudante universitário (Áureos tempos. Essa foi pesada...), morei durante um semestre com um colega que era extremamente perfeccionista. Vou tratá-lo pelo fictício nome de Elias para preservar sua identidade. Era do tipo que ao preparar leite em pó, lia e seguia rigorosamente as instruções da embalagem; ao fritar duas tirinhas de bacon, guardava a gordura para reutilizar em futuras frituras. E me criticava quando via que eu desprezava estas regrinhas ordinárias. Afinal eu era um jovem e desregrado de vinte e poucos anos e gostava disso.

Certa vez retornando para o ano letivo, reencontramo-nos no apartamento que havíamos alugado e durante aquela conversa sobre o que tínhamos feito nas férias, ele me mostrou algumas "novidades" que tinha trazido para apimentar a relação com sua namoradinha. Era uma dessas revistas das prateleiras altas das bancas, do tipo 50 Posições Sexuais e uma quantidade enorme de preservativos de cores e formatos variados. Ele que já tinha uma cara de cientista-maluco, tava parecendo o King-Kong quando viu a loirinha do filme. Vatre-Retro!!!

Dias depois, numa happy-hour universitária de fim de tarde, alguns colegas da trindade do copo que conheciam as manias de Elias e o meu temperamento, me perguntaram como estava o nosso grau de tolerância mútua. Daí, comentei ironicamente sobre a revista e os preservativos. Como os colegas sabiam do perfeccionismo do cara ilustrei a seguinte situação: "Tá tudo bem. A gente se vê mais em sala de aula. Em casa ele passa a tarde com a namorada no matadouro do quarto fazendo o passo a passo dos preliminares que leu no prefácio da revista, sobre como beijá-la e excitá-la ao ponto de abate; depois vai na página 35, posiciona a namorada na cama tal e qual a fotografia, levanta um dos joelhos dela, vira-lhe a cabeça de forma que os cabelos cubram parcialmente o rosto, afasta os lençóis, deixa os travesseiros jogados involuntariamente no chão, lê atentamente as instruções da embalagem do preservativo e na hora do vamos-ver, com a namorada já ansiosa e subindo pelas paredes feito lagartixa, ele olha de soslaio para a revista pra ver se a cena está ok e daí, subitamente, pára tudo; salta da cama enquanto ela pergunta com voz de gatinha manhosa: ah, amor o que foi? Volta pra mim! E ele olhando em volta do quarto, desesperadamente procurando por algo, diz: Peraí, peraí, que tá faltando um vaso de flores aqui do lado, na cabeceira da cama... Sem o vaso de flores nada feito!!!"

quinta-feira, 4 de março de 2010

O I WANT YOU ELEITORAL VAI COMEÇAR

Há dois meses atrás postei aqui minha indignação sobre a decisão unilateral do recadastramento de eleitores para utilizar a urna digital, sob a egídie de que o voto é um direito do cidadão no estado democrático.

Ok, ok, mas o que não entra na minha cabeça é este direito que ao mesmo tempo se torna um dever pois neste estado democrático que vivemos se você não tiver aquele recibo de eleição, provando que votou, você não consegue emprego público e similares. Então é meu dever votar, pois não posso deixar de portar documentos essenciais neste estado de direito burocrático.

Mas não era sobre isso que eu queria falar. Voltando lá pro começo, no meu post eu disse que ao invés do eleitor ter que provar que ele é ele para poder usar a urna digital, os candidatos eram quem deveriam provar se têm, ou não, antecedentes criminais que os tornem inelegíveis. Sobre isso foi dado um passo meio que capenga pelo TSE mediante o acesso do eleitor ao Sistema de Divulgação de Candidaturas, na internet, da certidão criminal dos candidatos. Aqueles com certidão positiva terão que apresentar detalhes sobre o andamento de cada processo.

Eu disse que o passo era meio capenga porque a certidão criminal já faz parte da relação de documentos exigidos para registro da candidatura e, ainda que a vida pregressa do candidato possa ser consultada pelo eleitor, o status dela não influenciará o seu registro de candidato. Ou seja, se ele estiver atolado de processos, pode se candidatar normalmente e até ser eleito. E adiar os processos com sua imunidade parlamentar.

Num país de muitos analfabetos, uns letrados e outros não, de reduzidade capilaridade de acesso à internet pela maioria da população, estes dados  no espaço virtual deverão ser acessados apenas por poucos e privilegiados cidadãos.

Que mais uma vez exercerão seu direito/dever ao voto.

quarta-feira, 3 de março de 2010

DINHEIRO COM ASAS



Ontem eu li num matutino local, uma compilação de matéria publicada nesta segunda na Folha de São Paulo sobre os orçamentos das Assembléias Legislativas dos Estados e os números são impressionantes. Roraima é o Estado que mais onera o contribuinte, pois lá cada deputado custa R$ 258,93 por habitante/ano, seguido de perto pelo Amapá, onde 6,1% de toda a verba anual do Estado vai para a Assembléia.

E estamos falando de parlamentares estaduais. Quando a coisa vai para o nível federal a comparação é mais grotesca. Um deputado federal tem custo mensal de até R$ 117 mil, incluindo salários, verbas indenizatórias, auxílio-moradia, cota postal, vale-transporte aéreo e verba de gabinete. Custa 40% a mais que seu colega alemão e o dobro de seus colegas franceses ou ingleses.

                                  Fonte: Mundo Estranho                                        

A discrepância entre Estados se dá porque estes têm autonomia para definir qual o percentual de repasse às Assembléias. Ou seja, o gestor pensa que o dinheiro é dele e gasta como pode ou gasta o que quer. De forma moral ou imoral. Neste caso, em detrimento de saúde, educação, saneamento, transportes e outras necessidades que somente são lembradas nas campanhas políticas quando estes mesmos deputados correm atrás do nosso voto.

 
Fonte: Jornal Extra

No Maranhão, que tem 42 parlamentares, o custo da Assembléia é de R$ 147,1 milhões/ano, ou seja, para manter cada parlamentar o Estado – com sua estrutura social capenga - gasta R$ 3,5 milhões/ano. O retrato deste descaso social foi mostrado hoje no Bom Dia Brasil numa matéria que mostra o abandono pelo poder público de escolas que estão fechadas por todo o Estado devido à "falta de recursos", servindo de abrigo para sapos e cobras. No bairro vizinho onde moro tem uma. Novinha em folha. Foi construída há quatro anos e nunca foi inaugurada. Acho que estão esperando cair pra fazer novo orçamento e construir outra.

Nas palavras do jornalista Alexandre Garcia, cujo vídeo segue abaixo, ele diz a verdade nua, crua e óbvia: "parece que é planejado para manter as crianças nos mesmos níveis de alfabetização, no mesmo humilde analfabetismo que os pais para que sejam servos e não cidadãos. Se forem cidadãos, vão perceber que ao comprarem estão pagando imposto, estão pagando os salários dos políticos, portanto eles são os patrões. Se os políticos são os mandatários, eles são os mandantes. Quando acabarem percebendo isso, eles vão votar melhor."

segunda-feira, 1 de março de 2010

NO TOCA-FITAS DO MEU CARRO UMA CANÇÃO ME FAZ LEMBRAR VOCÊ

Pesquisa realizada algum tempo atrás, informou que cerca de 30% das pessoas pensam em sexo quando estão presas no trânsito durante os engarrafamentos. Eu fiquei fora destas estatísticas, pois por mais que eu me esforce não consigo ter lembranças sensuais que me estimulem a pensar em sexo dentro de um engarrafamento.

Mas o que é que é mesmo que leva o indivíduo trancado dentro do carro no sol quente, meio-dia, com uma moia de buzinas no pé do ouvido, a pensar em sexo? Será que os escapamentos dos carros têm feromônios pra estimular a libido? Será a alavanca de câmbio? Ou a traseira do carro da frente?

Isso aí deve funcionar como uma droga. Tem gente que já fica doidinho pra ficar preso no trânsito. O cara entra no carro, imagina aquele retão com quilômetros de engarrafamento, inspira profundamente e diz: É hoje!!!!

Bota no player Je T'aime mon amour, imagina que vai fazer isso e aquilo com a patroa – massagem tailandesa, banho de chá, incenso na orelha, massagem de tupperware - e três horas depois, só o bagaço e dois quilos a menos, chega em casa igual um zumbi gripado se atira na cama e ronca até amanhã de manhã. 

Ô vantagem!!!