domingo, 22 de abril de 2012

10 GRAFITES URBANOS

Navegando por aí, dei de cara com uns grafites espalhados mundo afora onde a sacada do artista às vezes se sobressaiu a sua obra.




















quinta-feira, 12 de abril de 2012

C.S.I. SÃO LUÍS

Ontem li um comentário aqui na internet onde alguém disse que se tirassem os estrangeiros dos times o campeonato espanhol seria igual ao campeonato brasileiro. Resolvi pegar um gancho nesse pensamento e inserir noutro contexto, trazendo pro nosso terceiro mundinho, um mito, um herói, pra ver se ele se sairia tão bem por aqui quanto lá na zona de conforto do primeiro mundo com todo seu aparato tecnológico. E o escolhido foi Horatio Caine, o chefão do C.S.I. Miami. Queria ver como ele se sairia num hipotético C.S.I. São Luís, enfrentando certas situações reais tiradas dos tabloides e descritas abaixo (com adaptações para dar uma lógica à história):

Um sujeito recebe a ligação da esposa que está sendo ameaçada de morte por uma gangue que aterroriza o bairro onde ele mora, assaltando as casas e traficando drogas. Ele se dirige à delegacia e informa ao plantonista a situação dando o nome e o endereço dos suspeitos e pede que encaminhem uma viatura até o local porque ele teme pela vida da sua esposa. O agente diz que não pode mandar uma viatura pois elas estão sem gasolina, pois a verba do combustível foi desviada para pagar os 19 salários anuais dos deputados maranhenses.

Inconformado com a situação e temendo pela vida da patroa do sujeito, Horatio se dirige ao terminal de ônibus da Praia Grande, mas leva azar por hoje ser feriado. Não tem nenhum ônibus no terminal. Ele faz aquela pose tirando seus óculos ray-ban comprado na banca dos coreanos da Rua Grande e pergunta pro fiscal que horas que vai ter ônibus. E o fiscal responde com aquele jeito fuleiro de preguiçoso:

"- Sei não. Só mais tarde."
Daí Horatio fica puto e retruca:
"-Fucking you, você não é fiscal dessa porra??? Como que não sabe? Não trabalha aqui????"
E o fiscal dá uma olhada de casqueiro pra Horatio e diz:
"-Foqueu aí dentro, seu qualira...Trabalho mas hoje nem era pra eu tá aqui que hoje é feriado. E vai se lascar...

Enquanto isso a esposa do sujeito, mesmo ferida a bala, consegue despistar os bandidos e chegar às duras penas num posto do SAMU atrás duma ambulância para levá-la a um Pronto-Socorro,  mas o atendente, que tava lá nos fundos pegando manga, disse que não podia atendê-la porque só tinha uma ambulância e ela tava na rua em outro chamado. Sugeriu que a mulher pegasse um carro particular. A mulher não resiste aos ferimentos e morre ali mesmo.

Tres horas depois vindo num ônibus lotado ao lado de um cara ouvindo nas alturas uma música horrosa  num celular de camelô, Horatio chega a cena do crime, mas é informado que a equipe de perícia não veio porque eles também resolveu[ram aproveitar o feriado e  viajaram pro interior do Estado. Após colocarem o corpo da mulher no rabecão do IML para realização da perícia, Horatio é informado que o laudo irá sair dentro de 4 anos.

Quando está retornando pra casa liga para um de seus agentes e pergunta se ele já conseguiu alguma pista sobre os assassinos da mulher. O agente diz que sim e que está muito próximo de saber que foi que atirou na vítima e que basta ir até a casa de um informante.
"-E por que ainda não foi?", pergunta Horatio.
Onde o agente responde:
 "-Porque tive que voltar para a delegacia pois eu deixei o vizinho vigiando o preso"

terça-feira, 3 de abril de 2012

BARRIGA CHEIA É OUTRA COISA!

Devido algumas restrições alimentares por conta de uma pequena cirurgia dentária, eis que hoje me deparo no restaurante por quilo com uma travessa cheia de camarões suculentos mas, tal e qual mulher de resguardo, tive que me abster de tais sensações afinal o final de semana é prolongado e eu quero chegar lá inteiro.

Enquanto almoçava, lembrei-me de uma amiga do interior que, descartada qualquer possibilidade de um dia ela provar sequer um mísero camarão, apregoa penitentemente aos quatro cantos pra quem quiser ouvir os supostos males que o crustáceo causa à saúde humana, desde alergias, asfixias, até envenenamento espontâneo. Não sei se isso é lenda urbana mas, se isso for verdade, eu e as baleias devemos ser imunes. Quase uns mutantes. 

Eu, por exemplo, nascido e criado na beira do mar do Maranhão me apetece comer camarão, caranguejo, sururu, sarnambi, peixe-pedra, peixe-serra, pescadinha boca-mole, bandeirado, uritinga e tantos peixes trazidos nas redes deste marzão farto daqui da terrinha. Mas daí vá eu dizer isso lá nas brenhas do sertão do Ceará, no meio dos paus dos serrotes lá no Trapiá, dizer que eu gosto de comer caranguejo pro povo me olhar desconfiado. Do mesmo modo alguém me chamar pra comer o que quer que for que contenha pequi. Tô fora. Não suporto  nem o cheiro de pequi. Só de citar o nome aqui já tá me dando náusea.

Mas tirando o pequi, como eu não fui menino criado com vó, não tenho frescura com comida. Aliás, tirando pequi e sushi. Quer ser meu amigo não me convide prum sushi. Me leve pra comer um mocotó, um carneiro, um sarapatel, um bode no leite de coco... Que convenhamos, comer carne ou peixe cru é coisa de antes do Paleolítico quando o homem ainda não conhecia o fogo. Aliás isso me reporta ao comentário que o tio de uma amiga disse quando veio do interior e foi levado a um restaurante local pra comer carpaccio:
"- Ô povo besta que num sabe comer. É uma comida sem fartura, sem sustança. É uns bifes véio fino da grossura de minha carteira de identidade!"

domingo, 1 de abril de 2012

O CHUPA-CABRA DO IMPOSTO DE RENDA

Esse ano tô pensando em colocar como dependentes na minha declaração de imposto de renda os flanelinhas, os limpadores de pára-brisas dos semáforos e mais um e outro pedinte que eu banquei no ano passado, não por vontade própria, mas porque o governo se omitindo em resolver seus problemas de trabalho e emprego, transfere a conta para os cidadãos que já tem o sangue chupado, compulsoriamente, pelo próprio governo todo mês, nos seus contra-cheques. Até porque a imagem do fisco pra mim não é um leão, mas um chupa-cabras.

Não quero com isso parecer desonesto, quero apenas recuperar parte do saque que o governo me toma com uma restituição maior, afinal a gente paga imposto de primeiro mundo pra ter serviços públicos de terceiro mundo. Isso quando se tem.

Eu não me importaria se com o dinheiro que é confiscado do meu salário eu tivesse acesso a hospitais públicos de qualidade e meus filhos pudessem estudar em colégios públicos em condições humanas e com ensino de qualidade; também não me importaria em pagar impostos se eu pudesse trafegar em ruas e rodovias sinalizadas e sem buracos ou que eu pudesse exercer o direito constitucional de ir e vir a qualquer lugar com garantia de segurança pública e não com receio de ser assaltado.


Infelizmente isso é uma utopia num país onde o imposto é compulsório e o voto obrigatório. Pagamos à mesma classe política que cria leis e ressuscita impostos pra nos manter sempre nas mesmas condições de sub-desenvolvidos a cada eleição que passa. Típico da democracia à brasileira.