quinta-feira, 12 de abril de 2012

C.S.I. SÃO LUÍS

Ontem li um comentário aqui na internet onde alguém disse que se tirassem os estrangeiros dos times o campeonato espanhol seria igual ao campeonato brasileiro. Resolvi pegar um gancho nesse pensamento e inserir noutro contexto, trazendo pro nosso terceiro mundinho, um mito, um herói, pra ver se ele se sairia tão bem por aqui quanto lá na zona de conforto do primeiro mundo com todo seu aparato tecnológico. E o escolhido foi Horatio Caine, o chefão do C.S.I. Miami. Queria ver como ele se sairia num hipotético C.S.I. São Luís, enfrentando certas situações reais tiradas dos tabloides e descritas abaixo (com adaptações para dar uma lógica à história):

Um sujeito recebe a ligação da esposa que está sendo ameaçada de morte por uma gangue que aterroriza o bairro onde ele mora, assaltando as casas e traficando drogas. Ele se dirige à delegacia e informa ao plantonista a situação dando o nome e o endereço dos suspeitos e pede que encaminhem uma viatura até o local porque ele teme pela vida da sua esposa. O agente diz que não pode mandar uma viatura pois elas estão sem gasolina, pois a verba do combustível foi desviada para pagar os 19 salários anuais dos deputados maranhenses.

Inconformado com a situação e temendo pela vida da patroa do sujeito, Horatio se dirige ao terminal de ônibus da Praia Grande, mas leva azar por hoje ser feriado. Não tem nenhum ônibus no terminal. Ele faz aquela pose tirando seus óculos ray-ban comprado na banca dos coreanos da Rua Grande e pergunta pro fiscal que horas que vai ter ônibus. E o fiscal responde com aquele jeito fuleiro de preguiçoso:

"- Sei não. Só mais tarde."
Daí Horatio fica puto e retruca:
"-Fucking you, você não é fiscal dessa porra??? Como que não sabe? Não trabalha aqui????"
E o fiscal dá uma olhada de casqueiro pra Horatio e diz:
"-Foqueu aí dentro, seu qualira...Trabalho mas hoje nem era pra eu tá aqui que hoje é feriado. E vai se lascar...

Enquanto isso a esposa do sujeito, mesmo ferida a bala, consegue despistar os bandidos e chegar às duras penas num posto do SAMU atrás duma ambulância para levá-la a um Pronto-Socorro,  mas o atendente, que tava lá nos fundos pegando manga, disse que não podia atendê-la porque só tinha uma ambulância e ela tava na rua em outro chamado. Sugeriu que a mulher pegasse um carro particular. A mulher não resiste aos ferimentos e morre ali mesmo.

Tres horas depois vindo num ônibus lotado ao lado de um cara ouvindo nas alturas uma música horrosa  num celular de camelô, Horatio chega a cena do crime, mas é informado que a equipe de perícia não veio porque eles também resolveu[ram aproveitar o feriado e  viajaram pro interior do Estado. Após colocarem o corpo da mulher no rabecão do IML para realização da perícia, Horatio é informado que o laudo irá sair dentro de 4 anos.

Quando está retornando pra casa liga para um de seus agentes e pergunta se ele já conseguiu alguma pista sobre os assassinos da mulher. O agente diz que sim e que está muito próximo de saber que foi que atirou na vítima e que basta ir até a casa de um informante.
"-E por que ainda não foi?", pergunta Horatio.
Onde o agente responde:
 "-Porque tive que voltar para a delegacia pois eu deixei o vizinho vigiando o preso"

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