domingo, 29 de maio de 2011

CORTEM-LHES AS CABEÇAS!

Quando Joseph Guillotin sugeriu aos franceses a utilização da guilhotina, imagino que jamais lhe passou pela cabeça que, por ironia, sua cabeça também estaria sujeita a rolar pela lâminas da engenhoca. Precavidos e temendo que a carapuça lhes caibam, deputados e senadores acabam sempre sendo complacentes quando votam projetos de lei para tornar mais severas as leis no país, como aconteceu recentemente com o Código Florestal. O feitiço pode virar contra o feiticeiro.

Mesmo que a atual Constituição não tivesse banido a pena de morte, a guilhotina não seria bem vinda no país porque o risco de você ser morto por engano, por vingança, por pilhéria, seria muito grande em razão da corrupção intrínseca que nos envolve, do bispo ao desembargador, conforme nos mostra a história resgatada.

Ontem, enquanto assistia a final da Champions, e o narrador disse que pela vitória os jogadores do Barcelona e do Manchester receberiam cada um 700 e 400 mil euros, respectivamente, imaginei que o fair play da corrupção aqui no Brasil seria o seguinte: "olha vocês entregam o jogo e a gente dá um bicho de 500 mil pra vocês e todo mundo fica feliz, ok?"

Quando o país teve coragem de emplacar um impecheman em um presidente, eu pensei que agora iríamos mudar. Tornar-nos um país que vai pra frente ô, ô, ô ,ô de uma gente amiga e tão contente, ô, ô, ô,ô...Ledo engano. A frase que me vem agora, anos depois daquele fato, encontra-se ipsen liden, na orelha do livro "A Coroa, a Cruz e a Espada, de Eduardo Bueno, e diz: "Em companhia do  governador-geral, Tomé de Sousa, desembarcaram na Bahia, em março de 1549, dezenas de escrivães, juízes, meirinhos, provedores e almoxarifes. Esses funcionários públicos - vindos em número bastante superiores às exigências do serviço - transplantaram para os trópicos algumas das mais marcantes características da burocracia estatal ibérica: o clientelismo, a leniência e o nepotismo".

O governo Lula adiou uma iminente Guerra Civil com os programas de distribuição de renda mas não encontrou soluções para mudar a cara do país. Os miseráveis, mesmo recebendo recursos do Governo Federal para melhoria a renda, querem continuar miseráveis porque só assim vão continuar sendo tratados como coitadinhos e, mantendo-se  num determinado patamar que justifique suas necessidades; os políticos não querem de verdade, melhorar a qualidade de vida dos miseráveis porque eles fazem parte do chamado voto de cabresto, ainda em voga nos currais eleitorais no país, e são garantias de suas próximas reeleições.

Juntando todas informações diárias que circulam como enxurrada pela mídia - assaltos, explosão de caixa eletrônico, desvio de verbas do INSS, propinas entre políticos, fraudes no seguro-pescador, desvio de verbas públicas, corrupção policial - fico imaginando quantos por cento da população brasileira é criminosa e quantos por cento do território nacional seria destinado para a construção de super-presídios para enjaular essa turma do mal.

Enjaular para cumprir a Constituição. Eu preferiria colocá-los a ferros, em trabalhos forçados na recuperação de ruas, estradas, estádios, etc.

Isso eu, porque a Rainha Vermelha apenas bradaria:
- Cortem-lhes as cabeças!!!!!!

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