domingo, 10 de junho de 2012

AS MENTIRAS QUE OS AMERICANOS CONTAM

Já repararam que tudo americano diz que inventou?

Estava ali folheando uma revista quando me deparei com a informação de que Frank McNamara foi quem teve a ideia do cartão de crédito. Mentira! Todo mundo lá no sertão do Ceará sabe que o cartão de crédito foi inventado por Severino Olegário ou Severino das Meias conhecido mascate - também popularmente tratado pelo codinome de marreteiro - e concorrente lá nos primórdios dos tempos com Samuel Klein que ,como todo mundo sabe, criou as Casas Bahia e o crediário em 24 vezes.

Pois bem, reza a lenda que Severino descia pelo sertão do Ceará na rota de Quixeramobim pra Orós e depois voltando por Tauá e Cruzeta ia bater lá no Crateús pra vender as famosas meias de seda que naquela época eram coqueluche nas pernas das moças nos salões do Rio de Janeiro e Nova York. Como as viagens demoravam muito e o maior conforto que se tinha era andar montado num jegue  com sela Sião, a maior preocupação de Severino, além dos enjoos que sofria no trote do jegue, era ser assaltado naquelas veredas por onde já tinham   passado cangaceiros famosos como os irmãos Nezinho e Zeferino quando fugiram da Paraíba depois de  arrancarem os trilhos da estrada de ferro e sequestrado os engenheiros da Great Western. 

Então um dia ele teve a brilhante ideia de criar uma forma de garantir crédito onde quer que fosse. Mandou fazer um cento de cartões, que eram os protótipos do cartão de crédito, com os dizeres: 

CARTÃO CREDIRINO
ACEITO NAS BUDEGAS E MERCEARIAS DE FORTALEZA AO CRATO


A coisa pegou tão bem que logo ao invés da caderneta de fiado, Severino mandou fazer uns cartões de papelão duro onde ele lançava as conta contábeis dos seus clientes. Daí quando ele começava sua rota de venda, passava em todos os comércios acertando as contas de seus clientes e passando nas casas deles pra receber os pagamentos.

A ideia foi tão compartilhada entre as pessoas - que poderia ser chamado de faceboca - que até Amelia Earhart e Orson Welles quando tiveram no Ceará quiseram conhecer Severino. Amelia queria dar uns vôos rasantes sobre a Praça do Ferreira com Severino a bordo, mas este se esquivou alegando problemas de enjoos: "Se no jegue eu já baldeio, imagine avoando nessa coisa feito carcará", teria dito a um de seus biógrafos. Sobre seu contato com Orson Welles pouco se tem certeza se de fato aconteceu, embora um de seus primos corrobore a informação que Welles teria vindo ao Brasil para filmar a vida de Severino e não do jangadeiro Jacaré, mas por intervenção do FBI e da CIA, o conhecimento do litoral brasileiro do Ceará ao Rio era mais estratégico naquele momento que o sertão cearense.

Depois  logo vieram uns "mazelementos" americanos durante a criação da base aérea de Fortaleza e surrupiaram a mala de Severino com todas as informação e levaram pros "esteites" onde deu no que deu depois que um sarnento, foragido e exilado da caatinga de nome Eliotério Anestésio   traduziu os alfarrabios codificados em nordestanês e a aritmética derivativa da gameleira oitiva de Severino pros estudiosos de Harvard, Wall Street e afins.

É como se diz por aí: "Papagaio come e periquito leva a fama".

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