sexta-feira, 18 de novembro de 2011

GAROTAS QUE LEEM NUAS

Dia desses li por aí que uma das ondas culturais novaiorquinas são os saraus apresentados por mulheres nuas. A sensação que me passa é algo como se a menina que roubava livros tivesse crescido e resolvesse exibir a piriquita recitando versos de Éluard.

Sensações à parte, isso ratifica minha teoria de que cultura gera tesão. Basta imaginar o que rolava na cama do escritor Heny Miller durante um ménage à trois com sua esposa June e a escritora Anais Nin ou do papo cabeça de Simone de Beauvouir flanando na cama de Sartre e outros intelectuais.

Aparentando sacanagem, os saraus despertam além da audição, a libido dos ouvintes. Até porque, sacanagem é uma coisa vulgar, mas sacanagem cabeça é outra coisa. Assistindo o stand-up da Princesa Leia, lembro-me quando ela disse que no início das filmagens de Star Wars ela se apresentou a George Lucas vestida com seu figurino e ele assim que viu aquele piteuzinho disse: "Você não pode usar sutiã nem calcinhas com essa roupa!"  Ela perguntou: "Por quê?" E Lucas, na bucha, com seu papo de Darth Vader, emendou: "Porque no espaço, minha querida, eles não usam calcinhas nem sutiã." Sacou a sutileza? Como diria Fernando Pessoa: "o poeta é um fingidor".

Mulheres nuas e literatura são mais comuns do que a gente imagina. Uma busca rápida na internet e lá estão elas nos parques europeus pegando um solzinho com os seios de fora absorvidas pela leitura. Dependo do seu nível cultural, este é o momento da abordagem, você pode se aproximar com seu volumoso exemplar de Ulisses e jogar um xaveco tipo: "Vamos lá no Finnegans Wake prum orgasmaravalha?"

Infelizmente a onda dos saraus pelados ainda não pegou aqui por aqui. Nessas horas eu me vejo na platéia, aplaudindo e ovacionando as moças peladas depois de ouvir uns trechos picantes de A Casa dos Budas Ditosos.

Aplaudindo sentado, é claro. Não por falta de educação mas, porque em pé ia dar bandeira.

Nenhum comentário: