segunda-feira, 26 de outubro de 2009

CHELSEA E LIVERPOLL


O que vou dizer aqui é o que muita gente já sabe. Dá gosto assistir o campeonato inglês. Primeiro por conta da seleta variedade de craques que fazem o plantel das principais equipes e depois porque não tem aquela catimba remosa que assola o futebol brasileiro a anos. O exemplo clássico foi a goleada do Chelsea por 5 X 0 no Blackburn, no sábado. O que se viu foi uma equipe – o Chelsea – partir pra cima do adversário durante toda partida como se precisasse golear pelo maior placar possível. Foi lá e encaixou um, dois...cinco, e só não fez mais porque o goleiro do Blackburn fez várias defesas espetaculares. Aqui no Brasil, quando um time mete um ou dois gols começa a tocar de lado, pra trás, errar passe, jogador começa a cair. Joga-se à prestação. Um futebol sonolento. Talvez porque na Inglaterra a preparação física dos jogadores seja realmente uma preparação física e não uma pré-noitada em boates com jogadores chegando de ressaca nos clubes.
Durante o jogo, a emissora ainda deu a canja de mostrar a chuteira personalizada de Drogba. Um luxo para poucos, com o nome do jogador e o número da camisa. Por que o fabricante faz isso? Por que ele é o melhor do mundo? Acho que não! Isso me reporta um texto corporativo em que um cara é o melhor da faculdade e tem outro que vive a sombra dele. Anos depois o cara melhor é um profissional de primeira que produz projetos de sucesso. E quem é o chefe dele? O cara mediano. A moral corporativa diz que você não precisa ser o melhor para fazer o operacional e sim ser o melhor para liderar e escolher quem vai fazer acontecer. Drogba seria o cara mediano. Toca e se posiciona porque sabe que os craques do time vão jogar pra ele.
E a cereja do bolo foi a vitória do Liverpool sobre o bicho-papão do Manchester United. O encontro dos Reds. Agora é mais quem quer tirar a vez do Manchester ser tetra. E esse é um dos grandes derbys da Inglaterra. Só pra ilustrar como é este clássico, Manchester e Liverpool são cidades vizinhas. Manchester é terra da principal banda inglesa atual, o Oasis. Liverpool é terra da principal banda inglesa de todos os tempos, os Beatles. As cidades competem em tudo: bares, restaurantes, turismo, etc. Só que essa semana, no campo deu Liverpool.

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