TEMPO DE PRIMAVERA
( fragmento )
Dentro do poema
não há espaço que comporte
a explosão das horas e do tempo
não há espaço que comporte
a engrenagem
moto-contínuo das horas e tempo
não há espaço
só o risco do verso coagular nos vasos
detonando a cartilagem
vertigem crônica asfixia
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